domingo, 5 de julho de 2009
A alucinação
Do anúncio:
Franze o aposento aos demais
Com presas miúdas e atemporais
Defronta e se capta nos terremotos
Nas dunas se tinge, fecunda aos remotos
Apalpa lobos, colore o jardim
Cerca nevoeiros, vestindo cetim
Rompida esbelta, a sombra confronta
O que alvoroça os pardais pela zona
Ela se reserva entre obscuros planos
Que são eminentes dos punhais profanos
Num ato espalhafatoso, é breve o reboliço
Das testemunhas distraídas desse precipicio
Sem pudor, aviso ou qualquer vergonha
Vinda dos vermes latentes, enfadonha
Encravada como gramínea, apetece
Instigada naquilo que perece
Sedenta, pálida, encarnada e hostil
A alucinação me é sóbria e sutil
Carlinhos Black
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Um comentário:
"A alucinação me é sóbria e sutil": queria comentar mas não quero racionalizar isto que assim, em forma poética me comunicou tanto. Parabéns pela sensibilidade.
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