quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Paradoxos

Se não me quiseres
Leve-me

Se me ignorares
Exponha-me

Se me humilhares
Adore-me

Se me mal tratares
Estime-me

E se me quiseres matar
Ama-me


A cada passo em falso teu
Verei perfeição

Cada palavra de maus tratos
Verei veneração
Alinhar ao centro
E quando tudo acabar
Quando finalmente me fores indiferente

Minha vida encontrará o caminho
Trôpego, longínquo e imutavel

Me encontrarei, solitariamente.

3 comentários:

Fordelone disse...

Solitariamente acabamos sempre nos encontrando.

É inevitável. Um acontecimento de fato, muito mais do que uma vontade.

A vontade era justamente oposta. Era de que desse certo o amor. E ela nunca muda. O que muda é o alvo deste amor.

SUSANA disse...

Dá pra ler ao contrário que não perde o sentido! Foi proposital?

Constantin Constantius disse...

Parabéns!

Apreciei bastante estes versos. Mas, sou suspeito para dizer isto, sou apaixonado pelos paradoxos da existência, rs!

Saudações!