sexta-feira, 30 de maio de 2008

Como entender?


Como entender, então, atitudes desesperadas de mães que perdem seus filhos. Estando próximas, sem nada poder fazer. É de fome que eles se vão. É de sede! Sedentos por vida. E tão jovens se vão. É embriagado no tinto liquido quente que deles saem. E eles não queriam viver? Não lhe permitiram viver! Eles não são (ou foram) quem pensam. E o que pensam?! E nem serão!
Como entender atitudes inconseqüentes de quem arranca os filhos de suas mães. Ontem João Helio, hoje, Isabella, amanhã será Maria, Joana, Francisco e todo dia um. Não se entende o motivo. Como aceitar? Com uma criança? E com um adulto?
Como entender atitudes impensadas dos filhos que mesmo próximos de suas mães, estão longe ou tão longe, mesmo perto?
Como entender a rejeição, o desapego, o abandono, o descaso e o desamor da humanidade?
Como entender a miséria, a violência, a fome?
Como entender que em país tão vasto, tão farto, tão belo, tão vivo, consegue conviver com tantas desigualdades, tantas sujeiras, tantas desigualdades, com a morte?
Não há como entender! São perguntas sem respostas, são respostas sem explicação, explicação sem sentido.

Mesmo sem entender, o que se sabe é que mudanças imediatas e radicais é preciso... Não se sabe como, onde, de que forma... Não se sabe!

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