segunda-feira, 6 de abril de 2009

Formigueiro

Todo dia a formiguinha
Trabalha arduamente.
Carrega consigo folha
Do ofício e de papel.
Carrega também areia,
comida e o que mais acode.
Só não carrega amargura,
Pois pesa em demasia;
Muito mais do que aguenta
Com o suor do trabalho.

E seria ato falho,
Tal qual carga bolorenta,
Deixar de escrever poesia
Pra mais bela criatura,
Dando um tempo que não pode
A algo que só permeia
Se para de olhar pro céu
Sonhando com sua escolha:
Unida eternamente
À sua amada rainha.

Por Nelson Fordelone Neto - 06/06/2009 às 04:40AM

2 comentários:

Lunnäe Psï disse...

Admiro as formigas... Carregam 10x o seu proprio peso, tem coragem, disposição, união, e ainda sonham... Quem me dera se os homens seguissem esse exemplo.

E essa Rainha? Deve ser muito feliz ... Certamente.

Estou muito contente por você ter voltado a escrver mais um texto excelente, como sempre!

Eis o motivo pelo qual sou sua fã, abstração.

Sophia disse...

É... Fordelone, somos,cada vez mais formigas...

Ah! Essa falta de tempo que nos consome! Sem dúvidas, um ato falho não doar o que muitas vezes ja perdemos para o ser que já é dono de um tempo que nem temos.

Como deixar de escrever poesia?

Se eu tivesse o seu brilhantismo, neste momento, redigiria este texto novamente...