tag:blogger.com,1999:blog-47114920544016725772024-02-07T16:29:30.052-08:00OS LITERATASOs literatashttp://www.blogger.com/profile/05149495479564684408noreply@blogger.comBlogger68125tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-73206366010665869442014-07-09T10:19:00.005-07:002014-07-09T10:19:57.656-07:00Sem querer aqui estou...<br />
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Minha gente como têm belos textos neste blog.<br />
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Saudades!!!uss-picuíhttp://www.blogger.com/profile/13383071731983918877noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-29312815454333702722011-07-28T07:18:00.000-07:002011-07-28T07:23:03.124-07:00Saudações<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih7lYAGeKyqHnJKjTsPCNRB5QolRqGAaDzh-rp6U29XVHmdUwdtYovAjcVtKhW9COFxBSP1XWWfOSQA4lbpRcprGR0EIPdAUDa1vG5oKpS5lp_RKfeJj_4IbM0gu5yh8Py29HXswfJ2FYK/s1600/215814.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 175px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih7lYAGeKyqHnJKjTsPCNRB5QolRqGAaDzh-rp6U29XVHmdUwdtYovAjcVtKhW9COFxBSP1XWWfOSQA4lbpRcprGR0EIPdAUDa1vG5oKpS5lp_RKfeJj_4IbM0gu5yh8Py29HXswfJ2FYK/s200/215814.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5634408471615234706" border="0" /></a><br /><div style="text-align: center;">O silêncio...<br /><br />Há muito ele incomodava.<br /><br />De repente, uma porta se abre. O lugar se enche de luz e vida.<br /><br />O som entra pelo recinto.<br /><br />Vamos voltar a falar... Dizer o que se sente.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os literatas</span> dá as "boas vindas" aos novos, e um "estamos com saudades" aos antigos.<br /></div>Os literatashttp://www.blogger.com/profile/05149495479564684408noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-10861404143116653782010-12-28T17:09:00.000-08:002010-12-28T17:26:54.426-08:00Encontro<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiflxB_HBOZOYuAXVy39JGRXyFuArhaSoiDz1936BCwMB-aKoH20as6cXQ4zkaZhlEyTuqNCya2oD_QL-0XlSl-dgiiywKjsiVqgvr0hcPe3K5eYb2DgZYfIGSf_vFDetuuQ8ixLRteb3k/s1600/encontro.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 132px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiflxB_HBOZOYuAXVy39JGRXyFuArhaSoiDz1936BCwMB-aKoH20as6cXQ4zkaZhlEyTuqNCya2oD_QL-0XlSl-dgiiywKjsiVqgvr0hcPe3K5eYb2DgZYfIGSf_vFDetuuQ8ixLRteb3k/s200/encontro.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555908700526241010" border="0" /></a>Às vezes, tudo que se precisa é de um motivo, um olhar, um sorriso, um toque... </div><div style="text-align: center; font-style: italic;"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-left: 0cm; text-align: center; font-style: italic;">E nasce, então, um sentido, um sentimento, uma vontade. </p><div style="text-align: center; font-style: italic;"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-left: 0cm; text-align: center; font-style: italic;">E já se quer estar perto, junto e presente. </p><div style="text-align: center; font-style: italic;"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-left: 0cm; text-align: center; font-style: italic;">Quer-se ser presente, consolo, abrigo...</p><div style="text-align: center; font-style: italic;"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-left: 0cm; text-align: center; font-style: italic;">Assim, fez-se encontro, faz-se presença, traz-se a proteção.</p><div style="text-align: center; font-style: italic;"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-left: 0cm; text-align: center; font-style: italic;">E você percebe que construiu um lar para abrigar o que começou como um nada e num instante, transformou-se no tudo que sempre se quis.</p><div style="text-align: center; font-style: italic;"> </div><p class="MsoNormal" style="margin-left: 0cm; text-align: center; font-style: italic;">Você compreende, portanto, que já está completo e que já se reconhece como si mesmo, como únicos!</p>Sophiahttp://www.blogger.com/profile/00946725160837008665noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-5333398263727129402010-06-09T13:59:00.001-07:002010-06-09T13:59:44.885-07:00Carlos de Thalisson T. Vasconcelos<br /><br />[Feitas por elas mesmas]<br /><br />I<br /><br />Às vezes acredito desconhecer a saudade<br />Não a encontro quando estou indiferente à vida<br />É tudo culpa da angústia que me reparte<br />Em formato de vazio ou imponente anestesia<br /><br />Deixo ir solitária a felicidade pálida dos acasos<br />Juro: alguns segundos e ela some pusilânime<br />Firo-me por ânsia consciente com o passado<br />Se a minha dor tivesse corpo, exalaria sangue<br /><br />Nem melhor nem pior do que o diabo<br />Como ser humano busco algo superior<br />Nessa estrada a cada dia eu me acabo<br />Tropeço nas fraquezas do bobo que eu sou<br /><br />II<br /><br />Eis o breve surgir entre os vícios humanos<br />Paixões profundas naufragando em prazeres<br />Nesse mar, a areia sobe e desce e fede tanto<br />Que só sobrevivem os mais estúpidos seres<br /><br />No meio invisível, as cores dão lugar ao nada<br />Tudo se confunde, se aproxima e se perde<br />Fantasia encontra sonho, grita e se afasta<br />Uma imagem é vendida, outra se esquece<br /><br />Os amantes desvairados chegam ao êxtase<br />Descobertos por si mesmos, cometem suicídio<br />Escravizados pelos seus própros interesses<br />Reconhecem - a nossa liberdade exige sacrifício<br /><br />III<br /><br />Escrever, desenhar, pintar e tornar eterno<br />O que se sente por qualquer sentido<br />Primavera, verão, outono e inverno<br />Fazer da arte o nosso abrigo<br /><br />O porquê, o senão, o verbo<br />Eles se adaptam à sensibilidade<br />Sejamos de espontâneo léxico<br />Reinventemos tons e imagens<br /><br />A arte é um sonho livre<br />Feita para qualquer ser humano<br />Que pelo menos acredite<br />Num existir com encanto<br /><br />IV<br /><br />Agora escolho a empatia sincera<br />Hei de ser feliz enfim<br />Mesmo frágil, creio que ela<br />Ah, Trata melhor a mim<br /><br />Por muito tempo quis a dor<br />Fiz do sofrer um hábito<br />Criei aversão à palavra amor<br />Ah, andei tão trágico<br /><br />Não sei quem sou<br />Se soubesse, seria entendiante<br />Desconheci o meu avô<br />Ah, queria ser comediante<br /><br />V<br /><br /><br />Suma, senhora Guerra<br />Surja, senhora Paz<br />Quem odeia aquela<br />Vive sempre mais<br /><br />Juventude, que tragédia<br />Geração, oh sonhadora<br />Uma virtude bela<br />Maltratada vira zorra<br /><br />Guerreiros, libertem-se<br />Lutem pelo todo<br />Companheiros já crescem<br />Adeus, ódio oco<br /><br />I<br /><br />Descobri que paixões são uma bagatela<br />Que a vida, idosa e banguela<br />Trata de findar com o tempo<br /><br />Percebi que ilusões são contratos<br />Que se criam de bons atos<br />Como seguir o passo do vento<br /><br />Enfim perdi tudo o que queria<br />Tristeza, saudade e alegria<br />Deixa estar, eu só lamento<br /><br />1. Bagatela = Coisa de pouco valor.<br /><br />II<br /><br />Sou menino fraco de alma<br />Sonhador preciso ser<br />Coração, peço-lhe calma<br />Se matar-me, irá morrer<br /><br />Importe-se, por favor<br />Fazem poesias ao seu existir<br />Não se enfeite tanto de dor<br />Bata bem forte a quem vier aqui<br /><br />Seja meu amigo, ô insuficiente<br />Prometo contigo agir menos tolo<br />Dê paz ao que tenho inconsciente<br />Ouvirei seu grito e lhe trarei consolo<br /><br />III<br /><br />Deixar a música falar à minha audição interior<br />Sem a pretensão de reconhecer nenhum criador<br />Além do universo? <br />Sim, senhor.<br />Esperar os tons agudos para recordar maravilhas<br />E os tons graves para reabrir as feridas<br />Do meu espírito?<br />Sim, senhor.<br />Oscilar enlouquecidamente entre harmonias<br />Até parecer que todas são contínuas<br />E complementares?<br />Sim, senhor.<br />Amém.<br /><br />IV<br /><br />Talvez a minha imaginação pusilânime se condene<br />As luzes dentro da alcova à noite eu as prefiro apagadas<br />Quanto ao meu corpo varonil, ele nunca mente<br />As imperfeições escritas falam em folhas já queimadas<br /><br />Dispenso qualquer apanágio divino por agora<br />Amaldiçoadas sejam as conjecturas<br />Em cima do céu não se ouvem sinos ou histórias<br />Na minha mente prevalecem coisas impuras<br /><br />Prosaico eu nunca serei<br />Disso todo o mundo tenha certeza<br />Recuso título de escravo e de rei<br />Das buscas existenciais persigo a natureza<br /><br />1. Pusilânime = Covarde.<br />2. Alcova = Quarto de dormir.<br />3. Varonil = Másculo.<br />4. Apanágio = Privilégio.<br />5. Prosaico = Vulgar.<br /><br />V<br /><br />Estouvados sentidos os levam a armadilhas<br />Irracionais feridos para selvagens cantigas<br />Infeliz quinhão que decide quantas vidas<br />Permanecem intactas ou são perdidas<br /><br />Caça-se por diversão, avareza e mérito<br />Muito sangue numa guerra unilateral<br />Os maiores culpados comandam exércitos<br />Escondidos em títulos de caráter excepcional<br /><br />Heróis desmascarados perdem seus poderes<br />Enquanto atônitos jovens os enojam<br />Em compêndios a inocência foge deles<br />Tão bandidos quanto os outros se mostram<br /><br />1. Estouvados = Imprudentes.<br />2. Quinhão = Destino.<br />3. Compêndios = Livros didáticos.<br />4. Atônitos = Pasmados.<br /><br />VI<br /><br />Os meus sentimentos devem chegar ao paroxismo sincero<br />É o que sempre eu juro, busco e espero<br />Um efeito salutar mesmo que fatalmente incompleto<br />Sem abono de coisa alguma, construir-se-á o belo<br /><br />Escreverei uma última epístola<br />No final estará dito<br />Sou ser humano, oh vida<br />Eterno, único e infinito<br /><br />Ponto, afinal,<br />nunca é final,<br />mesmo final,<br />ponto final?<br /><br />1. Paroxismo = Mais elevado grau.<br />2. Salutar = Que faz bem ao espírito e ao coração.<br />3. Abono = Garantia.<br />4. Epístola = Carta.<br /><br />VII<br /><br />Deus, manda a esperança me visitar quando eu estiver acordado<br />Ela deverá transformar a minha angústia em outro estado<br />Porque senão irei virar pedaços, nada mais que pedaçosCarlos de Thalisson T. Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01254255274418836920noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-49773508585501859442010-04-08T22:21:00.000-07:002010-04-08T22:35:26.770-07:00O cair da noite.Escurecia lá fora. Os últimos raios de sol se escondiam no horizonte. Aos poucos a luz ia deixando o mundo. Eu podia ouvir os sons do dia morrendo, como o final de uma música antiga. Eu desliguei a TV, mas não acendi as luzes. Preenchi a pequena sala com o som do meu violão. Acordes menores, claro, era o que o momento pedia. O gelo derreteu em meu copo intocado. Só bebi seu conteúdo após o final da música.<br /><br />Nessa altura outra luz se fazia presente. À luz clara e brilhante do sol somava-se fraco brilho amarelado dos postes de iluminação. Eu me aconcheguei mais no meu sofá. Os sons da rua mudavam. As buzinas dos carros iam sendo substituídas pelos resmungos desconexos de um bêbado. A fofoca das donas de casa, pelo dramalhão das televisões. Meus pensamentos vagavam por cenas do passado.<br /><br />O dia chegava ao seu fim sem marcar sua presença. Apenas mais um na sucessão de dias que era minha vida. Era chegada a hora. Não houve hesitação ou medo. Nem choro ou desespero. Os vizinhos não acharam nada estranho. Os sons, já comuns e velhos conhecidos, receberam uma visita inesperada. Espalhafatosa, é verdade, mas não chegou a chamar atenção.<br /><br />Um calor agradável se espalhou pelo meu corpo, lentamente, como um aquecedor velho que briga com o frio. O silêncio me envolveu logo depois, como o abraço de um velho amigo. Um leve sorriso dançou em meus lábios, quase imperceptível para qualquer observador casual. Por último, as luzes se apagaram. O horizonte enfim vencendo sua luta contra o sol.<br /><br />E lá no fundo eu não sabia se já era noite, ou se a noite era eu.PluckTheDuckhttp://www.blogger.com/profile/07401665958902112933noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-78926556817825683332010-03-26T07:19:00.000-07:002010-03-26T07:24:44.442-07:00Versinho vazioHoje escrevi um verso<br />Afirmando que não há mais tempo<br />Nem disposição de versar.<br /><br />Há tanta saudade de um dia que a inspiração me envaidecia<br />E com alegria eu escrevia<br />Um verso que nada dizia.<br /><br />Acho que na arte de nada dizer me mantive.Lunnäe Psïhttp://www.blogger.com/profile/02959684834975310915noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-78631328147896987832010-01-22T22:02:00.001-08:002010-01-22T22:02:59.803-08:00Voltando para São PauloEu vou de Peruíbe<br />Subindo a serra num ônibus ruim<br />Lembrando do mar lamacento<br />O meu companheiro na estada aqui<br /><br />Enquanto eu estive, choveu<br />A grama está alta e os preços, enormes<br />O próprio turismo está baixo<br />Me resta a água e os seus coliformes<br /><br />Tô sentindo um frio desgraçado,<br />O ar condicionado não tem regulagem.<br />A paisagem até que é bonita,<br />Mas é esquisita a tal da saudade.<br /><br />Mesmo sem motivo aparente,<br />A canalha indecente que agora me aperta<br />Acerta quando se decide<br />No ano que vem voltar pra Peruibe.Fordelonehttp://www.blogger.com/profile/09699746754183764544noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-46676113086474761992009-12-20T14:15:00.000-08:002009-12-20T14:20:20.907-08:00VIAGEM PAÊBIRÚ I (ENCONTRANDO O GRITO)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivJBjNPbug8aSGLCPIvNaRTHHNO3ySYR-czEXbFfk4Cy1lHjJp5YqDYb2fi2zkMCYbU2xfudgQYqs3MEbT_QkuihrnVC2HI-f3NO7_1Zc3ZDZhD8WEjdB5kNRE54mkDc3R7OvZlFmPJ8w/s1600-h/mulher+verde+xilogravura.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 263px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivJBjNPbug8aSGLCPIvNaRTHHNO3ySYR-czEXbFfk4Cy1lHjJp5YqDYb2fi2zkMCYbU2xfudgQYqs3MEbT_QkuihrnVC2HI-f3NO7_1Zc3ZDZhD8WEjdB5kNRE54mkDc3R7OvZlFmPJ8w/s320/mulher+verde+xilogravura.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417446677847740322" /></a><br />Eu, esse peso urbano, avenidas e concreto nas palavras, <br />Durmo e engulo fumaça, e máquina, telas, e-mails.<br />Meus sonhos anunciam: <br /><br />Você não pode perder! É a última chance! Últimas peças no estoque!<br />compre dois leve um! Pra fazer você feliz! Porque você merece! <br />Seja! Faça! Tome! Coma! Durma! Vote! Pare! Vá! venha! <br />Pra fazer você feliz! dois por um! <br /><br />Você merece... Você merece... <br /> <br />Meus ouvidos se inundam<br />Vis trombones: <br /> <br />Cala a Boca!<br /><br />Íntimo outdoor piscando o vermelho: <br /><br />Cala a Boca!<br /><br /> ...Sórdido letreiro!<br /><br />Cala a Boca!<br /><br /><br /><br /><br />(...)<br /><br /><br /><br /> <br />Mas algo me grita inteiro!Espinho de Quiabentohttp://www.blogger.com/profile/17356320201016453305noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-55166301172302035602009-12-20T13:42:00.000-08:002009-12-20T13:50:58.546-08:00VIAGEM PAÊBIRÚ II (REENCONTRANDO O OLHAR)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl2gfaqqlD3qT_FaS1RScCczcObaoebHYd9I1A0PgGN3DW0CBAcatTWXkCLNto-7Mg5uA1tl3sAkOG2qkaZo0K2F4mRMJ2-FnQtPx3f4iUKOfTryQ49M7rg7_FqEATwNwsfc_YElVIEoM/s1600-h/olho+mosca.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 263px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl2gfaqqlD3qT_FaS1RScCczcObaoebHYd9I1A0PgGN3DW0CBAcatTWXkCLNto-7Mg5uA1tl3sAkOG2qkaZo0K2F4mRMJ2-FnQtPx3f4iUKOfTryQ49M7rg7_FqEATwNwsfc_YElVIEoM/s320/olho+mosca.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417438505479281554" /></a><br />O olho da dor – o gozo da rasteira?<br />O olho que adentra e vibra pedindo derrota?<br />Perdi-me de suas janelas...<br /><br />As casas coloridas, as pedras, olho de irmão, <br />Olho poeta, que risca fogo no céu, inventa palavra, <br />Dança na roda, o pé bate de um lado, o mundo gira, <br />no passo da volta só o novo, negras, vestidos estampados<br /><br />Está aceso: <br /><br />Meu olho queima!<br /><br />Trago: <br /><br />O olho vivo. <br /><br />Solto: <br /><br />Minha cegueira. <br /><br />O vento dilacera o fio branco da fumaça<br />Não há mais forma nisto tudo!<br /><br />(des)for(matei) de fome!<br /><br />O olho de quem?Espinho de Quiabentohttp://www.blogger.com/profile/17356320201016453305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-464764317024239042009-11-24T06:06:00.000-08:002009-11-24T06:12:23.482-08:00Rascunho>>Rascunho>><br />cada dia mais saudades sinto de ti><br />diante desta ausência que não me faz esquecer><br />que em cada momento de todo o instante><br />existe a semelhança da tua alma com a minha.>><br /><br />Que nossos pensamentos são iguais,><br />como iguais são as opiniões,><br />os nossos gostos e os dessabores><br />iguais somos nós.>><br /><br />Iguais até na diferença><br />Diferentes nas igualdades><br />Igualmente distantes><br />E espiritualmente próximos.>><br /><br />Não tão distantes, quanto sinto><br />Pois, estamos unidos pelo mesmo sentimento:><br />SAUDADE.><br /><br />usspicuiuss-picuíhttp://www.blogger.com/profile/13383071731983918877noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-26995254581862484182009-09-24T07:09:00.001-07:002009-09-24T07:09:26.478-07:00A Pele de Onagro e a Morte no Horizonte da ExistênciaDostoiévski colocou uma questão intrigante e desafiadora: Se não há imortalidade, tudo é permitido? De que modo censurar em alguém o prazer vicioso e sem limites do presente, em prol de um prazer de um futuro incerto de uma vida virtuosa pautada pela sabedoria?<br /><br />Balzac, escritor francês do século XIX, escreveu várias obras de uma qualidade elogiável. Uma destas foi o romance A Pele de Onagro, primeira dele que se destacou no meio crítico. É um romance que faz a mistura de elementos realistas e fantásticos. Embora original, tem um enredo que lembra um pouco o Fausto de Goethe, que insatisfeito com os frutos de sua vida intelectual, vendeu a alma ao diabo a fim de obter poder e experimentar um sentido satisfatório na vida.<br /><br />Raphäel é o protagonista principal. Jovem pobre, de talento intelectual distinto e com uma insaciável vontade de experimentar os prazeres de uma sociedade parisiense aristocrática, cheia de encanto, com suas mulheres coquetes, com seus banquetes e todos outros atrativos de uma vida voltada ao elegante, ao extravagante, ao belo, ao alegre e ao dinheiro. Após desprezar Pauline, moça linda, por ser pobre, apaixona-se por uma mulher coquete e sem coração Fedora. Enfim, desprezado friamente por esta, apesar de todos sacrifícios financeiros, feitos sob a falsa aparência de status e riqueza, o mesmo se lança à vida do jogo onde encontra sua ruína total. Nesta situação deseja morrer.<br /><br />No dia que decide se matar, encontra um velho que lhe oferece um talismã mágico, uma pele de onagro (uma espécie de jumento do oriente). Nesta havia uma inscrição em sânscrito: "Se me possuíres, possuirás tudo. Mas tua vida me pertencerá. Deus quis assim. Deseja, e teus desejos serão realizados. Mas regula teus desejos por tua vida. Ela está aqui. A cada desejo, decrescerei assim como teus dias. Queres-me? Toma-me. Deus te atenderá. Assim Seja."<br /><br />Raphäel aceitou possuir o talismã, sem levar muito a sério as consequências do poder destruidor do mesmo. O primeiro desejo foi participar de uma grande festa, cheia de orgias, com convidados ilustres, jovens, alegres e intelectuais, com belas mulheres ardentes e com muita bebida. O que aconteceu. E depois desejou ficar milionário. O que também aconteceu. Tal foi a surpresa dele quando percebeu que a pele de fato estava diminuindo.<br /><br />É neste ponto que a morte surge no horizonte da existência. Raphäel apercebeu-se de que a cada desejo satisfeito sua vida ia se aproximava do fim, por conta do pacto que fez ao tomar para si o talismã. Interessante é que quando vivia numa situação de pesar, sofrimento, humilhação e pobreza, a vida era-lhe desinteressante. Mas, agora, tendo todo poder para desfrutar da fama e dos prazeres, a vida agora lhe aparecia como algo de alto valor. Temendo a morte, Raphäel tornou-se praticamente um eremita, isolou-se na sua mansão a fim de não se colocar em situações nas quais seus desejos pudessem ser despertados. Mas, não podia evitar o contato social, que aos poucos foi lhe seduzindo.<br /><br />Durante todo o restante do livro, Balzac mostra a relutância e os cuidados de Raphäel para adiar sua morte, o que era algo inútil. Pois a morte se afigurava como uma realidade inevitável, uma vez que era impossível viver uma vida sem desejos. Porém, surge uma questão para o leitor: Inevitável não é a morte para todos os seres humanos, independente do talismã ou não? Eis uma das condições da existência. Condição esta que torna a existência humana, caracterizada como uma infinda fuga do presente, como uma fuga para o nada. O homem que se orienta sempre a um futuro, vislumbra no horizonte da existência a Morte.<br /><br />Que vale ter um poder de satisfazer todo desejo se este poder não é suficiente para deter o destino inexorável que é a Morte? Neste contexto de uma existência condicionada à mortalidade, que implica na finitude da vida, na limitação e na restrição de uma vida insaciável de desejos, surge a questão prática de como se portar na vida. Orientar a existência à busca da virtude e da sabedoria ou então ao esgotamento de todas energias na busca por uma satisfação, inconseqüente, de todos os desejos, usufruindo de um prazer instantâneo e vicioso?<br /><br />Nesta obra Balzac desafia-nos a censurar racionalmente a prostituta, que imprudente, cheia de vícios e extravagâncias interpelada sobre seu futuro responde: "O futuro? ... Que é que chama de futuro? Por que hei de pensar numa coisa que ainda não existe? Nunca olho para trás nem para diante de mim. Já não é bastante ter de me ocupar com o dia inteiro duma vez só? Além disso, o futuro já conhecemos, é o asilo." Preferindo viver uma vida voltada aos prazeres, enquanto durar os encantos da beleza, esta mulher prefere a vida cheia de vícios, ciente de que possivelmente terá uma velhice desconfortável e sem encanto desprezada pelos homens. Raphäel parece incapaz de censurar esta mulher e mesmo intrigado com o comportamento da prostituta, reflete através de uma pergunta retórica com seu amigo que independente do modo de vida "quer vivamos com os sábios ou morramos com os loucos" o resultado é, cedo ou tarde, o mesmo.<br /><br />Concluindo, Balzac coloca em sua obra, A Pele de Onagro, a questão do significado da existência e o impacto da morte sobre ela, fazendo refletir sobre a fragilidade até mesmo de um poder ilimitado para satisfazer um querer insaciável. E por fim fica a questão: que diferença faz para um ser, que só pode vivenciar um presente fugidio, o estilo de vida vicioso ou virtuoso, sábio ou louco, prudente ou inconseqüente, se a morte até agora tem se mostrado como um destino inevitável?<br /><br />Johannes Alienus Amens.Constantin Constantiushttp://www.blogger.com/profile/07905502292965436685noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-10482041089408947272009-09-04T10:39:00.001-07:002009-09-04T10:39:34.343-07:00Macbeth - Destino e Liberdade: Uma Leitura Existencialista do Macbeth de Shakespeare<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGu9Nbdv26S0-T_6wFHdr4odSHZw9RzSSJg3moUMvxeGG8f9lZC4KJhTNvkH82Sed_LzZgEHmqHzLp_mqJDpOYAYnbyNZF4E3qvJKzbCuQvCVGh1rgUjJsk6Pda-RbtqfwsaN_y8HKV9TP/s1600-h/macbeth2.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 234px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGu9Nbdv26S0-T_6wFHdr4odSHZw9RzSSJg3moUMvxeGG8f9lZC4KJhTNvkH82Sed_LzZgEHmqHzLp_mqJDpOYAYnbyNZF4E3qvJKzbCuQvCVGh1rgUjJsk6Pda-RbtqfwsaN_y8HKV9TP/s320/macbeth2.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5377660693663807234" border="0" /></a>Macbeth foi um personagem cruel de uma das mais sombrias peças teatrais que Shakespeare escreveu, cujo título leva o mesmo nome de seu protagonista. A obra, mesmo sendo, é claro, uma ficção explora um lado obscuro da humanidade, cuja análise fornece elementos esclarecedores das condições existenciais do homem.<br /><br />A presença de figuras mitológicas e sobrenaturais, tais como a deusa grega Hécate, espíritos e fantasmas, bem como o papel proeminente das três bruxas, com todo enredo girando em torno do Destino e das Profecias feitas a Macbeth e a Banquo, logo no início, podem levar à uma idéia de que Macbeth tenha sido apenas um fantoche nas mãos da Necessidade, a cumprir um Destino, uma vez que este foi traçado a priori por forças "sobrenaturais".<br /><br />Logo na primeira cena do primeiro ato, aparecem as três bruxas, cientes dos acontecimentos políticos, aguardando o final duma batalha, em que Macbeth estava participando, para poderem então de modo premeditado se reunirem e se encontrarem com este no pântano. E este encontro acontece logo após o Rei Duncan ter nomeado Macbeth barão de Cadwor, recompensado-o pelo modo como lutou e se portou na batalha. Neste ponto do drama, Macbeth é visto como um herói, homem nobre, digno de honra e de confiança. Uma imagem totalmente oposta da que ele veio a ficar sendo conhecido, como tirano sanguinário cujo nome tinha sinônimo de horror.<br /><br />Sugestiva são as palavras finais das três bruxas no ato 1, cena 1: "Faire is faule, and faule is faire..." que podem ser traduzidas com uma expressão paradoxal: "o belo é feio e o feio é belo". Esta idéia é marcante em toda obra, onde os julgamentos dos personagens estão constantemente equivocados, tomando várias vezes o nobre pelo vil e o vil pelo nobre. Macbeth, visto como herói pelo Rei Duncam, revela-se depois como pior do que o antigo barão de Cawdor, que se rebelou contra o reino e foi executado por traição. É interessante esta idéia de ambiguidade, pois a existência sendo distinta da essência, carrega em si toda uma série de ambiguidades, onde num movimento dialético, alternam-se elementos contrários entre si, na formação de uma síntese, como o feio e o belo, que às vezes coexistem numa mistura estranha.<br /><br />Esta tragédia gira em torno da idéia lançada no primeiro encontro das bruxas com Macbeth e Banquo. Elas dirigem àquele três saudações, chamando-o primeiramente de barão de Glamis, depois barão de Cawdor e por fim de futuro Rei. Neste momento Macbeth ignorava que o Rei Duncam o havia nomeado barão de Cadwor. E fica surpreendido com tais saudações. Depois de inquiridas, as bruxas também se pronunciaram acerca de Banquo, dizendo-lhe que este não seria rei, mas teria filhos reis. Aqui, Macbeth e Banquo são apresentados a um Destino "traçado". Mas, será que este estava mesmo determinado de antemão?<br /><br />Embora, Shakespeare faça uso de figuras sobrenaturais, míticas e fantásticas, pode-se notar que as ações de Macbeth, bem como os acontecimentos que o levaram a ser rei e mais adiante levaram à sua morte, seguem um curso bem natural. As palavras das bruxas, mais do que profecias, podem muito bem ser entendidas como motivadoras e manipuladoras, explorando a vaidade e orgulho das condições psicológicas humanas de Macbeth e Banquo. Afinal, quando elas o saudaram de barão de Cawdor, ele já havia sido nomeado.<br /><br />Macbeth então tem diante de si um Destino anunciado. Poderia evitá-lo? Em sua vaidade e em seus desejos mais ocultos do coração desejava ser Rei e portanto escolhe ir ao encontro de seu Destino. Mas, ele não se coloca como alguém passivo, esperando que a Necessidade lhe torne Rei, mas ele mesmo dá um jeito de ir ao encontro de seu Destino anunciado. No começo, houve nele uma luta entre o ser (seu desejo) e o dever-ser (obrigações morais). O ser do desejo de ser Rei conflitava contra o Dever-Ser moral de não atentar contra a vida do Monarca. Porém, com a influência "maléfica" de sua esposa, Lady Macbeth, a quem relatou apenas parte das profecias, omitindo as palavras proferidas à Banquo, ele então comete o assassíneo do Rei Duncan, aproveitando o fato de que este estava hospedado em sua casa, durante uma noite. Um ato visto como altamente imoral e covarde.<br /><br />Após o fato consumado, Macbeth passa a sofrer dos sintomas da culpa, sinal de que ele se sentia responsável e livre diante da escolha que fez. Ele matou o Rei, sujou as próprias mãos de sangue, num ato vil e terrível, digno de toda censura. Como sintoma da liberdade e responsabilidade, ele e a esposa passaram a ser atormentados pela consciência e sentimento de culpa.<br /><br />Um ato assim, do assassíneo do Rei, precisa ser mantido, consequentemente para manter a situação sob controle, outros crimes surgiram à medida que outros personagens surgiam como ameaça. Chega um momento que Macbeth inverte o status de sua relação com o Destino, que no começo era desejado, agora repudiável. Ele então passa a lutar contra o mesmo Destino à qual pouco tempo antes, ele mesmo fez questão de ir ao encontro. Por exemplo, Banquo passou a ser uma ameaça, pois o destino foi o anunciou como sendo aquele que teria filhos reis. Macbeth se revolta então com a idéia de que tudo o que ele fez, todo tormento à qual se submeteu, tenha sido realizado em benefício de outros e que no fim, por meio de sua ruína, reinaria os filhos de Banquo. Por isto providencia a morte de Banquo e de seu filho com o objetivo de extinguir a ameaça nadificadora do seu Destino. O fato de Fleance, filho de Banquo ter escapado, funcionou como uma fonte de angústia. Ele não poderia viver agora em paz, pois o filho de Banquo vive. E o Destino figurava no campo das possibilidades futuras.<br /><br />A figura mitológica da deusa grega Hécate, mais as sobrenaturais aparições de espíritos, surge neste contexto auxiliando as três bruxas para o desfecho final da trama. Mas, novamente, o que temos são pronunciamentos dirigidos à Macbeth funcionando mais como elementos indutivos e provocadores do que profecias. O objetivo destas figuras maleovolas era então produzir uma Confiança excessiva em Macbeth, que segundo Hécate consiste na maior inimiga do homem. Macbeth é incitado então a atentar contra a vida do nobre Macduff. A segunda aparição de modo dúbio e enigmático faz com que Macbeth pense ser alguém praticamente invulnerável, dizendo que este não poderia ser morto por nenhum homem nascido de mulher. Por fim, a ele é dito por uma terceira aparição: <span style="font-style: italic;">"Seja valente como um leão, orgulhoso, e não dê atenção aos outros. Eles que se irritem, eles que se queixem, eles que conspirem onde bem entenderem. Macbeth jamais será vencido, a menos que o Grande Bosque de Birnam marche contra ele, vencendo as doze milhas até os altos da Colina Dunsinane."</span> (Ato IV, Cena I).<br /><br />Ora, aqui Macbeth é induzido a se comportar imprudentemente, segundo as intenções de Hécate: <span style="font-style: italic;">"Ele vai menosprezar o Destino e zombar da Morte, e nutrirá suas esperanças sem levar em consideração o bom senso, a delicadeza de espírito e os receios dos mortais." </span>(Ato III, Cena V). Na trama, o filho do Rei Duncam, junto com Macduff, cuja família havia sido morta cruelmente a mando do tirano, receberam apoio militar dos ingleses para investir e destituir Macbeth, que com seu excesso de confiança agiu imprudentemente, não fazendo nenhum esforço para se proteger do perigo.<br /><br />Sua esposa, atormentada pela culpa, sentindo constantemente suas mãos sujas de sangue, morre num ambiente de desolação. Ao receber a notícia da morte de sua esposa ele tenta minimizar o fato com palavras carregadas de um eloquente pessimismo existencial:<br /><br />"<quote><i>Ela teria de morrer, mais cedo ou mais tarde. Mais tarde haveria um tempo para essa palavra. Amanhã, e amanhã, e ainda outro amanhã arrastam-se nessa passada trivial do dia para a noite, da noite para o dia, até a última sílaba do registro dos tempos. E todos os nossos ontens não fizeram mais que iluminar para os tolos o caminho que leva ao pó da morte. Apaga-te, apaga-te, chama breve! A vida não passa de uma sombra que caminha, um pobre ator que se pavoneia e se aflige sobre o palco - faz isso por uma hora e, depois, não se escuta mais sua voz. É uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria e vazia de significado."</i> (Ato V, Cena V)</quote><br /><br />Logo após falar isto, Macbeth tem sua confiança abalada, quando é noticiado que o Grande Bosque de Birnam estava marchando contra ele, isto porque os soldados inimigos se camuflaram com os galhos deste bosque, fazendo uso de uma tática de guerra. E depois quando fica sabendo, no momento que lutava com Macduff, seu inimigo irado e com sede de vingança, que este não nasceu de parto normal. Inconformado e não querendo ser humilhado, não se rende, lutando até ser decapitado por Macduff.<br /><br />Lendo esta tragédia pode-se perceber que em todo momento Macbeth se encontra numa situação de liberdade. Uma liberdade relativa às condições existenciais, pois esta liberdade coexiste com o Destino e com ele se relaciona. Porém, este Destino não é caracterizado por um elemento essencialista e sim como sendo a consequência das escolhas livres que faz Macbeth. A liberdade não precisa ser pensada como sendo algo pertecente somente a quem é onipotente sobre as condições existênciais, mas está presente sempre que existe alguma forma de possibilidade de ação associada às escolhas mas poder de execução. Sob as condições psicológicas, Macbeth escolheu satisfazer seu desejo de se tornar Rei, mesmo contrariando sua própria consciência e o bom-senso e as consequências de um regicídio. Escolheu acreditar apenas naquilo que a ele era favorável. Agiu de má-fé ignorando a Razão nas situações mais cruciais, que no fim culminaram em sua morte.<br /><br />Concluindo, ao escolher ser Rei daquela forma, Macbeth traçou de modo livre, para si mesmo um Destino, cujo fim não tinha muitas chances de bom êxito. A obra termina e não menciona nada sobre quem sucedeu o trono. O futuro fica em aberto. O personagem Shakespeareano é um personagem humano, condicionado pela estrutura psicológica, física e social e nestas condições, sendo livre para fazer escolhas, sempre tendo como possibilidade ir por outro caminho, mesmo que seja o caminho da nadificação total da existência na recusa de se submeter às condições existenciais.<br /><br />Johannes Alter.Constantin Constantiushttp://www.blogger.com/profile/07905502292965436685noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-22381647095006391612009-08-13T05:39:00.000-07:002009-08-13T06:02:08.035-07:00(Com)Sequências<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://fc01.deviantart.com/fs30/f/2008/181/7/f/caress_by_anjelicek.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 600px; height: 600px;" src="http://fc01.deviantart.com/fs30/f/2008/181/7/f/caress_by_anjelicek.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Um olhar<br />Um sorriso<br />Um carinho<br />Um beijo<br /><br /><br />Uma troca de olhares. Coisa parecida com aquele filme francês que você ama, mas que tem uma cena que você nunca entende. Essa é a cena. Algo despretensioso, acidental, sem começo, sem meio, sem fim. Apenas uma troca de olhares...<br /><br />O sorriso vem depois. Surge "mecanicista". Quase uma obrigação. O simples ato de contrair e esticar músculos da face. Depois, larga a metalização e torna-se humano. Tão humano quanto podemos ser. Sai do frio e transforma-se em algo verdadeiro. Ai deixa de ser humano...<br /><br />O carinho segue. A mão que acaricia a mão amada, que brinca com os cabelos, que roça o rosto (que ainda contém o sorriso "não-mais-humano" da etapa anterior), a troca de calor, de sensações... Que faz carinho ser carinho. Carinho de criança.<br /><br />Surge o beijo. Molhado, seco, longo, veloz, roubado, "vagabundo", "principe", quente, frio, escondido, escancarado, timido, desinibido... Beijo.<br /><br />Beijo, carinho, sorriso, olhar... e tudo se faz assim, belo e simples...<br /><br /><br /><span style="font-style: italic;font-size:85%;" >*Agradecimentos à Lorena pela ajuda na pesquisa de uma boa imagem...</span>Thorinhttp://www.blogger.com/profile/15424881249411733215noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-85284903104844164822009-08-07T14:08:00.000-07:002009-08-07T15:03:03.829-07:00Quanto pesa a morte de um trabalhador?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTG0AEOl-RVbuROjqC-DwRlqILbf412ZZSbho5PtCjgCxeLJQjD2WQsu_Rr0XJupxMqwjQVp-S15MfB4_xdRFSlb-BRclfwO-uWxsyTvXyfZ679HaujcIbvqzHUn3Zy7gecbqC_NGHJlA/s1600-h/flor+no+asfalto.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTG0AEOl-RVbuROjqC-DwRlqILbf412ZZSbho5PtCjgCxeLJQjD2WQsu_Rr0XJupxMqwjQVp-S15MfB4_xdRFSlb-BRclfwO-uWxsyTvXyfZ679HaujcIbvqzHUn3Zy7gecbqC_NGHJlA/s320/flor+no+asfalto.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5367345548374101410" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><div style="text-align: justify;"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><o:smarttagtype namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" name="PersonName"></o:smarttagtype><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]-->
<br />
<br />Tomba mais um - guerreiro de mão calejada, herdeiro desta luta.
<br />Tomba mais um – filho esquecido do estado, destratado em desmedida.
<br />Leva consigo o trabalho, e a pesada memória, de sua vida roubada.
<br />
<br />Não será lido nos jornais, nem debatido nos bares,
<br />É mais um que cai na vala do inconsciente coletivo,
<br />Sepulcro da amnésia diária, da lembrança proibida, que nos entala à mesa,
<br />E nos cega de melodramas e sonhos voláteis, com propaganda e sorrisos.
<br />
<br />Amanhã pegaremos o ônibus, leremos um livro, compraremos pães, iremos a festas.
<br />Engoliremos calados: a educação das fileiras, o destrato, e o aumento dos preços.
<br />Sem que nos pese a morte, sem que nos pese a fome, sem que nos pese a dor.
<br />
<br />Alheios à sua coragem, e de tantos outros, ouviremos um parecer técnico,
<br />Uma análise sócio-econômica, uma mensagem bonita no programa matutino.
<br />Choraremos por isso, e pelo final da novela, glorioso destino do moçinho.
<br />
<br />Mas, não daremos lágrimas à sua morte.
<br />
<br />Enquanto nós, frios corpos, urbanóides frenéticos a procura do melhor lugar na prateleira deste hipermercado de trabalho, buscamos um sentido, uma droga, um remédio pra depressão, um casamento, uma vida perfeita,
<br />Outros pelejam a vida, dia a dia,
<br />Negando o morrer constante,
<br />A dignidade usurpada.
<br />
<br />Levantam a cabeça – longe de nossa insensibilidade – alargam seus braços,
<br />Atiram seus gritos, denúncias, sua força coletiva, sua incansável firmeza.
<br />Destinam-se a enfrentar, corajosos, as encomendas de morte destes covardes de ternos, de posses e possessões.
<br />Mil vezes Covardes! Que pra silenciar o povo, pagam por força e capuz, armadilha, escopeta, e tiro na nuca.
<br />
<br />Tomba mais um - por manter seu punho erguido, e não minguar de febre ou fome.
<br />Sofre o seu povo, com suas flores de luta e seu vermelho encarnado a tremular nas bandeiras.
<br />Tomba mais um...
<br />Quantos mais serão necessários? Para que nos canse a morte?
<br />Quantos mais serão necessários? Para lutarmos em vida?
<br />
<br />* sobre uma liderança do Movimento dos Atingidos por Barragens, executado numa emboscada em 29 de julho de 2009, em Pedro Velho, reassentamento dos atingidos pela construção da barragem de acauã, em Aroeiras – PB.
<br />*vídeo sobre a situação dos atingidos pela barragem de Acauã - www.mabnacional.org.br/noticias/150609_video_acaua.html
<br /></div><span style="font-family:Arial;"><o:p></o:p></span> Espinho de Quiabentohttp://www.blogger.com/profile/17356320201016453305noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-13157865209069338762009-08-02T15:20:00.000-07:002009-08-02T15:26:05.910-07:00Silêncio<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0xnUw00yZClXPNqwMswyZrhXvLVAd8JpfEOmLUX_rcIDkOlGJPWY0IxD-WHszhyphenhyphenbfWDyYVDMOpCtS7961juoLvNscFkMkCOuuTVAQLNNSUGXWMgXpACfGTVIt9TqZjN_ZmQZlRDFwmus/s1600-h/silencio-do-blog.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 199px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5365496162079235986" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0xnUw00yZClXPNqwMswyZrhXvLVAd8JpfEOmLUX_rcIDkOlGJPWY0IxD-WHszhyphenhyphenbfWDyYVDMOpCtS7961juoLvNscFkMkCOuuTVAQLNNSUGXWMgXpACfGTVIt9TqZjN_ZmQZlRDFwmus/s200/silencio-do-blog.jpg" /></a><br /><div align="center">[...]<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />NADA!</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Agora só consigo escutar sua ausência de resposta.</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Eis que reina o silêncio.</div>Lunnäe Psïhttp://www.blogger.com/profile/02959684834975310915noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-16868747536303899192009-07-21T06:50:00.000-07:002009-07-21T06:57:17.479-07:00Declaração Universal dos Seres Aleatórios<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://sp1.fotolog.com.br/photo/49/42/73/thorin_malk/1219761947240_f.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 500px; height: 375px;" src="http://sp1.fotolog.com.br/photo/49/42/73/thorin_malk/1219761947240_f.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Alguns textos vem e vão na nossa vida. Esse constantemente surge para mim... Alguns conhecem...<br /><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: center; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" align="center">Declaração Universal dos Seres Aleatórios</p><p class="MsoNormal" style="text-align: center; font-weight: bold; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0);" align="center"><br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" align="center"><o:p> </o:p></p> <p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">Somos do sol e de lua, mas podemos xingá-los.</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">Somos Headbangers, punks, goths, mas a música vizinha sempre atrai.</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">Somos Ateus apegados a Deus</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">Somos a sinestesia</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">Somos a bipolaridade</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">Somos a verdadeira esquizofrenia do mundo.</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">E talvez, a sua maior diversão</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">Não temos futuro, não temos dinheiro, mas temos bebida!</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">Somos frutos do acaso.</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">Filhos bastardos da vida, e sem direito a herança!</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;" class="MsoNormal">Nas nossas veias não correm sangue, correm dados</p><div style="text-align: center; font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;"> </div><p style="text-align: center; font-style: italic;" class="MsoNormal"><span style="font-weight: bold;">Padrão genético de nossa aleatoriedade</span>.</p>Thorinhttp://www.blogger.com/profile/15424881249411733215noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-80171288995626033952009-07-08T18:09:00.000-07:002009-07-08T18:13:01.589-07:00Ausência<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvI_0-70qAIc5SveQ2ZPoE0IqYbkx-h1et_4lu7pX0HijtdzhSKlIeQsUcnZ-_CICRs2eFDNrdRc0SnHLlxL3zSC0keMZ8qWqSIEO9f8YsI46TKyxag_o3oHsl9vF4rrDztPb0xbo8_7w/s1600-h/ausenia.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 413px; height: 265px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvI_0-70qAIc5SveQ2ZPoE0IqYbkx-h1et_4lu7pX0HijtdzhSKlIeQsUcnZ-_CICRs2eFDNrdRc0SnHLlxL3zSC0keMZ8qWqSIEO9f8YsI46TKyxag_o3oHsl9vF4rrDztPb0xbo8_7w/s320/ausenia.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356261840521893762" border="0" /></a><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Ente da realidade sensível,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Procuro-te com meus olhos,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Ávidos e ansiosos para te encontrar.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Mas, em todo lugar,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">O que vejo,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">O que percebo,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">O que apreendo</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">É apenas a ausência de ti.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Examino toda extensão do Ser,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Do ser sensível da minha realidade.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Mas, em nenhuma parte,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Eu consigo encontrar-te.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Como podes não-ser?</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Se até agora a pouco eras?</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Mistério que consome minh'alma.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Que sob o peso do nada, desaba.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Não consigo entender o porquê.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">O porquê do ser pleno não me satisfazer.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">O porquê do não-ser ser</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Fonte de Melancolia,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Causa de Temor,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Motivo de Angústia.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Mas, o ente está aqui!</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Está aí!</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Está por aqui!</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Mesmo eternamente sendo,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Em breve, desvanecerá como fumaça.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">E tudo quando vou ver.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">É a ausência de ti!</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">E mais um pouco, ausência de mim.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">De um Mim que sempre foge,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Que escapa de mim.</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Oh, que dialética cruel e generosa da vida!</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Marca perene da existência,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Paradoxo absurdo que mistura</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">A dor e o gozo, o pesar e o prazer,</span><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Na unidade sintética de meu ser.</span><br /><br />Johannes Absente, 8 de Julho de 2009.Constantin Constantiushttp://www.blogger.com/profile/07905502292965436685noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-51869179557145539432009-07-05T13:22:00.000-07:002009-07-05T13:23:20.411-07:00A alucinação<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNv9YIiMAB6ViPFBw6pyE0U1kl7K3GnsxAnUmNqq4W9GEtDVF63XO0iwTF2rN9h6Ix5031C-7Vme9ykRbxKBYIZdKRtHNHkdC6nmIpmp0ihA8sHnaK0z3lqLr_zPocx1mqZdBuJUwFl83G/s1600-h/9252552_a35ea20a45.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNv9YIiMAB6ViPFBw6pyE0U1kl7K3GnsxAnUmNqq4W9GEtDVF63XO0iwTF2rN9h6Ix5031C-7Vme9ykRbxKBYIZdKRtHNHkdC6nmIpmp0ihA8sHnaK0z3lqLr_zPocx1mqZdBuJUwFl83G/s400/9252552_a35ea20a45.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5355074294348258722" /></a><br />Do anúncio:<br /><br />Franze o aposento aos demais<br />Com presas miúdas e atemporais<br />Defronta e se capta nos terremotos<br />Nas dunas se tinge, fecunda aos remotos<br /><br />Apalpa lobos, colore o jardim<br />Cerca nevoeiros, vestindo cetim<br />Rompida esbelta, a sombra confronta<br />O que alvoroça os pardais pela zona<br /><br />Ela se reserva entre obscuros planos<br />Que são eminentes dos punhais profanos<br />Num ato espalhafatoso, é breve o reboliço<br />Das testemunhas distraídas desse precipicio<br /><br />Sem pudor, aviso ou qualquer vergonha<br />Vinda dos vermes latentes, enfadonha<br />Encravada como gramínea, apetece<br />Instigada naquilo que perece<br /><br />Sedenta, pálida, encarnada e hostil<br />A alucinação me é sóbria e sutil<br /><br />Carlinhos BlackCarlos de Thalisson T. Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01254255274418836920noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-2860156619638736192009-07-02T16:14:00.000-07:002010-08-29T20:07:54.037-07:00Noite de InvernoOlhe em volta e veja<br />nada volta no final<br />É tudo um grande erro<br />de quem ama e quer<br /><br />Ela não é apenas mulher<br />é fruto do teu desejo<br />que, bruto e carnal,<br />parece chama acesa<br /><br />Ó grande e fraco aprendiz<br />indeciso pequeno e roto<br />quão miserável é tua sina<br />se por ela não lutas mais<br /><br />te perdes nos vendavais<br />ao saber que tua menina<br />por querer de um destino louco<br />é de outro, meretriz<br /><br />olhe em volta e veja<br />nada foi, a final<br />se perdeu em vontades<br />grandes tentativas nulas<br /><br />abertas as ruas rubras<br />se esvai em partes<br />e o fluido bruto e carnal<br />pelo chão se despejaPluckTheDuckhttp://www.blogger.com/profile/07401665958902112933noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-25589173029143735082009-06-19T12:01:00.001-07:002009-06-19T12:26:54.143-07:00A Eterna Duração da Efemeridade.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC-kpP96ZCaLx_SVBEW8U9stwbIfgn8M5M0Vz27-V0b_oAjfukHAR8zcofGP244qFfYke8uIl1rv98rWjyndPaGeqULTTuC-5vJrEGRTawTDFtM4xkNCiMRkEsLp9QLVcXHRekZiZA3M4/s1600-h/0918.jpeg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 454px; height: 296px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC-kpP96ZCaLx_SVBEW8U9stwbIfgn8M5M0Vz27-V0b_oAjfukHAR8zcofGP244qFfYke8uIl1rv98rWjyndPaGeqULTTuC-5vJrEGRTawTDFtM4xkNCiMRkEsLp9QLVcXHRekZiZA3M4/s320/0918.jpeg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5349122123186287138" border="0" /></a><br /><div style="text-align: left;"><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Na infinita extensão da eternidade</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">O que é a vida de um ente finito?</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Cujo existir essencialmente é um não-ser.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Um não-ser isto, um não-ser aquilo,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Mesmo sendo isto, mesmo sendo aquilo.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Efêmera é a vida, é como um sonho, </span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Mas, também como um pesadelo.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">É um faustivo ou trágico impermanecer,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Um impermanecer no gozo e na alegria,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Um impermanecer na dor e na tristeza.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);"> Vejam o presente! Tarde demais!</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Eis que já se foi, é um passado.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Avista-se ao longe o Futuro.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Mas, ele é névoa de indeterminação.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Eu passei por aqui! Eu existi. Eu vivi. </span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Vivi momentos faustivos de contentamento.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Que elevaram ao êxtase a minh'alma.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Mas, todos estes momentos são não-ser.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Vivi momentos de pesar, angústia e vazio.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Que esmagaram com peso infinito meu coração.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Mas, todos estes momentos, também, são não-ser.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Toda existência é um eterno infindo perecer.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Perecem belezas,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Perecem nobrezas,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Perecem as dores,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Perecem os amores,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Perecem os sentimentos.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Que busca o ente finito?</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Que insensata é esta busca inútil por existir!</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">A vida é toda ela feita de amor, ou seja, de gozo, </span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Ou seja, de dor.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Pois o que se ama perece, desaparece,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Pois o amar desvanece, se esquece.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Mas, só é dor, porque foi gozo. </span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Só é não-ser, porque foi ser.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Quem experimenta as plenitudes da vida,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Maximiza as angústias do vazio nas perdas.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Lamentar pra que? As coisas são o que são.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Algumas coisas duram mais,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Outras duram menos,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Mas, todas elas passarão do ser para o não-ser,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Para que o não-ser passe a ser.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">E assim, infinda e infinitamente,</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Gira a roda de Íxion por toda eternidade.</span><br /></div><span style="color: rgb(102, 102, 0);"> </span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 0);">Johannes Absente, 19 de Junho de 2009.</span>Constantin Constantiushttp://www.blogger.com/profile/07905502292965436685noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-23539110903622269602009-06-08T13:40:00.000-07:002009-06-08T13:42:34.061-07:00Sereia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDjPHnRtuxyxNhfRwUHSXlKOA9uZOYHtbB_CWM8JFyjTDiyrdNlNhYEYejlzPA5U0zmv0tmDG3AiIvoIYuiqMLncL9KEf0vEwM_kQRe-X8Jz2WUUoEWqpQCXebP7WUIIPxvfeWqU84K59H/s1600-h/8585sereia.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDjPHnRtuxyxNhfRwUHSXlKOA9uZOYHtbB_CWM8JFyjTDiyrdNlNhYEYejlzPA5U0zmv0tmDG3AiIvoIYuiqMLncL9KEf0vEwM_kQRe-X8Jz2WUUoEWqpQCXebP7WUIIPxvfeWqU84K59H/s400/8585sereia.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345059677468375794" /></a><br />Vasta como as cachoeiras, suave como o orvalho<br />Néctar de todas as friezas, mística do orgasmo<br />É viscosa a sereia dos reclames alucinatórios<br />Na lucidez dos insensíveis lamentos compulsórios<br />Centenas de anagramas iludem o seu propósito<br />Elabora-se o realístico, saram-se os relógios<br />Numa tríade de subjetividade:<br />Amaríssima, fria e intocável<br />Veta-se à congruência da eternidade<br />Externada aos privilégios dos detrimentos culturais<br />Transcende a erudição, sacudindo a impaciência<br />Reparte os líquidos em doses ressurgidas<br />Ínfima, nebulosa, é lívida a tontura dos aventureiros<br />Eles se afundam em tantas pragas, que são deprimentes<br />Cultuam dilemas e emblemas, navegando inconscientes<br />Lendários náufragos que adormecem para sempre<br /><br />Carlinhos BlackCarlos de Thalisson T. Vasconceloshttp://www.blogger.com/profile/01254255274418836920noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-23400155360223809742009-05-27T06:21:00.000-07:002009-05-27T06:35:21.265-07:00Sou o ENTE que mora na tua IMAGINAÇÃO<div style="text-align: right;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEHmZpf87kPph40UUS58VJibzcH3uqOI8_0vHq7T2YHpXMv7yUMcuqRa8OD8qdNKmmOdb1S5qLOJK1E1eiBzi-2Yga1w8KKrMKFR-QRX_Lmj5b6r0UyXctVYNpOK5qdb5DxfWh66tg_dg/s1600-h/nevoa.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 209px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEHmZpf87kPph40UUS58VJibzcH3uqOI8_0vHq7T2YHpXMv7yUMcuqRa8OD8qdNKmmOdb1S5qLOJK1E1eiBzi-2Yga1w8KKrMKFR-QRX_Lmj5b6r0UyXctVYNpOK5qdb5DxfWh66tg_dg/s320/nevoa.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340496652042639026" border="0" /></a><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Eu sou uma pura abstração de ser.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Sou fumaça que escapa do nada.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Pura aparência de um aparecer.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Calor d'uma vaporação saturada.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">E nada, do nada, para nada,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">É onde, de onde, para onde,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Tudo se concilia e se converge</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Formando uma substância fantástica</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Constituída pela ação da tua imaginação</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Guiada com a regra da fria Razão</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Ou pela anarquia do insano Coração.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">E em vão, é querer me tornar são, </span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Pois no oceano profundo da indistinção,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Não há diferença de conotação.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Não sou isto,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Nem sou aquilo,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Sou isto ou aquilo.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Sou matéria de uma forma desvanecida,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Que esvara por teus in-sentidos imaginários,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Dando-lhe o gozo de uma faustiva esperança,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">A presença in-sólida de um louco sonho,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Ou então, a dor aflitiva da perdição,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">A ausência sólida de uma lúcida chaga,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Que faz gemer a alma na antecipada solidão.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Não sou dor,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Nem sou in-dor,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Sou dor ou in-dor.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Sou a figura fantasmagórica do irreal</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Que afeta a tua estranha realidade.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Sou o ente que habita perenemente</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">No interior da sombra de tua mente</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Resido nos castelos de sonhos da Esperança.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Ou então nos calabouços trágicos da Angústia.</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Enfim, sou teu e para-ti no impertencer,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);">Pois sou o nada real de tua rica mente!</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Constantin Constantius.</span></div>Constantin Constantiushttp://www.blogger.com/profile/07905502292965436685noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-29720837778115488362009-05-17T18:50:00.000-07:002009-05-17T19:03:19.661-07:00Jurisprudência<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYpcmnkp2tVidaabhiLVDbt1yKiG2dSzkagMKzUKwo8sIuAY7anuao-FB4korP1LkOna5df4Zbn1r_OeKH0wW2RWL0SiKrNCNZfby6Xvjbx1sZwQW0hrvJeLUJmkzjEdmk5NqUhai0PXM/s1600-h/JURIPSICO.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5336978583794165746" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 240px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYpcmnkp2tVidaabhiLVDbt1yKiG2dSzkagMKzUKwo8sIuAY7anuao-FB4korP1LkOna5df4Zbn1r_OeKH0wW2RWL0SiKrNCNZfby6Xvjbx1sZwQW0hrvJeLUJmkzjEdmk5NqUhai0PXM/s320/JURIPSICO.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuKzbMU7loE3prrb7qx03y0EfiSt0UYrXssVYQyxBva0w8tc003cJ_FYBzOwNi5CbfCGZyjv1pVOXevk1Kt3_dk_S04AMvmKhK-v6zUPXqGxAauXgSH7Ag-DDOr0356t8C7DLdWOVSbkU/s1600-h/JURIPSICO.jpg"></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhilX4WvQdHAWytH_Q12jGj7XjMkHtOyqcUzPtTbTJXeibkodgUHtII0r7kInkMzAHlZB09bFN3h6jnKbSzPPqCI0fSL8Zl8SfyRc8FwsZFADgEayg19C3aSIHnqik7eTCk6REKZ_iJQ-o/s1600-h/JURIPSICO.jpg"></a><br /><br /><br /><div><br />Vou pedir uma indenização por cada lágrima<br />E como, eu poderia saber?<br />Por que essa mudança agora?<br />Por que não em outra hora?<br /><br />Iria eu poder processá-lo?<br />Por incentivar a tolice se nada ter feito?<br />E quem iria me advogar neste pleito?<br /><br />Esse é aquele tipo de causa perdida<br />Não se pode entrar com recurso<br />Mudar um discurso e tudo ser igual<br /><br />Acho que o ideal seria a terapia<br />Numa base de utopia “curar” completamente esse mal<br />Não poderia haver vingança<br />Relatar apenas as lembranças para o meu “Doutor”<br /><br />E com isso esqueceria as ciências jurídicas<br />E entenderia minhas “patologias” como “normais”<br />Quem sabe assim mudaria de área<br />Numa felicidade encontrar tranqüilidade na soma exata<br />Porventura outro ramo humano<br />Para deixar meu coração menos tristonho<br /><br />Passado o fardo e os meus pré-julgamentos<br />Lembro que a base de toda a realização<br />Está na importância desse autor<br />De traduzir dores tão sofridas relacionar com a vida<br />E nada sobrepor. </div></div></div>Lunnäe Psïhttp://www.blogger.com/profile/02959684834975310915noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-91037690663425213532009-05-01T12:58:00.000-07:002009-05-02T09:05:42.488-07:00Mordida na maçã do tempo.“Com quantos quilos de medo se faz uma tradição?” (Tom Zé)<br /><br />“O tempo andou mexendo com a gente sim” (Belchior).<br /><br /><br /><div style="text-align: justify;">A maçã foi mordida, lembrou-me a moça. Tocou assim, com unha vermelha, a carne aberta e ferida de uma memória amassada. O espírito de passado reavivado é cativo destas coisas ditas, que como pequenas pedras, nos ferem os pés. O incômodo é agudo e o corpo – gruta escura das lembranças – guarda no fundo da água do espírito, o que não foi vomitado de indignação. Não culpo a moça, que assim desdenhosa de meus tormentos morais, simples e espontânea me disse: “Minha relação é mais aberta que a minha janela”. Mas suas palavras - faca no lençol do tempo - deixaram cair assim aos trambolhos um monte de roupas sujas. Vendo aquela bagunça, saída dos porões do meu tempo, e agora escancarada às vistas de quem quisesse espiar intimidades, caí em arapucas da cuca, prendi o pé no visgo da memória: Pode! Não Pode! Você não Pode Poder! Você não Pode! O pudor? Você é despudorado! Ouço isto desde pequeno, ouço quando isto é falado! Ouço quando o que fala é a mudez! Ouço quando quem fala é o padre! Ouço, ouço também minha mãe, em cem bocas ouço a minha mãe, a mesma cantinela e a sandália em riste. As pessoas gostam mesmo de jogar rótulos na cara dos outros. Gostam mesmo! Até gozam com isso! Assim, por prazer, como quem joga no mal palhaço uns tantos quantos tomates, vaias e bolas de papel. Você não é fiel! Você me traiu! Você me ama! Você é um covarde! Você é meu! Você é profano! Você! Você! E as frases reverberam pelos corredores invisíveis de largos significados. O problema não é fazer palavra. O problema é fazer uma cerca na palavra e dizer: Daqui até ali é certo. De lá em diante se erra. A cerca que me implantaram na alma é dura de atravessar. Do outro lado tem jagunços, com os dentes muito firmes e um dedo no gatilho. Tenho medo de bala nos peitos. Tenho um medo revolucionário de dizer, Olha, não nos matemos de enquadramento, dói demais em mim estas retas. Tenho um medo revolucionário de levar estas cercas na raça, de ocupar de pirraça o não-sentido, o errado. Tenho medo, não vou mentir, carrego o tempo nas costas, mas quem sabe? Quem sabe um dia desses o fardo me pesa mais do que o suportável? Aí, ou caio sem forças, tonto e resignado, ou grito e enfrento tiro com coração e palavras. <br /></div>Espinho de Quiabentohttp://www.blogger.com/profile/17356320201016453305noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-69085150025645112542009-04-23T19:02:00.000-07:002009-04-23T19:05:26.939-07:00Uma viagem. Um ritual.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://photos.jpgmag.com/232775_7758_327ab9a484_l.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 448px; height: 339px;" src="http://photos.jpgmag.com/232775_7758_327ab9a484_l.jpg" alt="" border="0" /></a><br />O primeiro passo foi comprar uma carteira de cigarro...<br /><br />Eu não fumava havia mais de um ano, quando decidi acabar com meu vício. Não que eu tivesse ficado impressionado com aquelas campanhas de saúde contra o cigarro, mas a idéia de ter um pequeno tubinho recheado com uma plantinha mandando na minha vida não me agrada.<br /><br />Naquele dia, comprei a velha carteira de <span style="font-style: italic;">Lucky Strike</span>. O momento merecia...<br /><br />Entrei em casa jogando minhas roupas no chão. Entrei direto para um banho demorado. Queria lavar qualquer vestígio dos problemas da minha vida. Mulher, trabalho, imposto de renda, trânsito, meu time... Que desçam todas pelo ralo e vão para a puta que o pariu! Enxuguei-me e fui até a cozinha. Tirei aquela garrafa de <span style="font-style: italic;">Jack Daniels</span> e coloquei uma dose, sem gelo. Senti o cheiro e lembrei do meu pai. A noite seria também em homenagem aquele velho tarado. Perfeito, mas tarado...<br /><br />Fui até a sala e tirei a preciosidade da embalagem. Passei os dedos ao redor, sentindo a textura, a profundidade dos arranhões, a capa destruida... tudo aquilo me dava um tesão enorme. Foi dificil encontrá-lo, mesmo com as facilidades da Internet. Dois anos... Dois anos! Mas a busca valeu cada gota de suor e cada redução do meu limite do cartão. Depois de namorá-lo por longos minutos, coloquei-o para tocar.<br /><br />As primeiras notas preencheram o ar de maneira firme. Senti os pêlos do meu braço arrepiarem-se quando os primeiros acordes do Baixo chegaram ao meu ouvido. O dedilhado pulsante transmitia uma torrente de sentimentos inigualável. A guitarra, quase falando, contava-me suas esperanças, lamúrias, desilusões. Falava da mulher amada. A mulher cruel... O vozeirão, rouco, trazia à tona uma dor lancinante, quase insuportável. Aquela música devia ser a única maneira de expressar o que ele sentia. Uma bela maneira, devo dizer... A cada música daquele disco velho, um sentimento aflorava em mim. Raiva, paixão, ódio, alegria, nostalgia, amor... Eu me tornava a guitarra, o cantor e a dor...<br /><br />Continuei ali sentado, sorvendo minha bebida e fumando meu cigarro. Podia passar horas ali. Na realidade, podia até morrer ali e nem notaria. Eu já estava acostumado com todo esse ritual...<br /><br />A minha sexta sempre tinha um destino.<br /><br /><br />Eu sempre viajava pelo <span style="font-style: italic;">Blues</span>...Thorinhttp://www.blogger.com/profile/15424881249411733215noreply@blogger.com5