tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post593645709805061946..comments2015-02-02T11:13:17.846-08:00Comments on OS LITERATAS: CulturaOs literatashttp://www.blogger.com/profile/05149495479564684408noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-3433509136746580892009-02-11T06:45:00.000-08:002009-02-11T06:45:00.000-08:00cultura artística/raiz e cultura de massa/industri...cultura artística/raiz e cultura de massa/industrial, ao estilo neofrankfurtiano...<BR/><BR/>temos que buscar novas concepções...<BR/><BR/>mas realmente, não deixa de ser vulgar, letra e músicaEber Freitashttps://www.blogger.com/profile/10933228172343123287noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-41417011581520687692008-12-19T06:06:00.000-08:002008-12-19T06:06:00.000-08:00Eu ouso discordar. O que ocorreu, foi que sua argu...Eu ouso discordar. O que ocorreu, foi que sua argumentação estava construída sobre a noção de "cultura", o que é demasiado abrangente, em termos sociológicos. É inquestionável que de fato todos têm cultura.<BR/><BR/>Por outro lado, o que antes denominavamos falta de cultura, também pode ser entendido como uma pobreza generalizada em conteúdo e forma. Segue o exemplo:<BR/><BR/>[b]Calcinha Preta - Tudo De Novo[/b]<BR/><BR/><BR/>[i]quero saber se você vai voltar pra mim<BR/>prometo não fazer você sofrer<BR/>te amo e não quero te perder<BR/>meu corpo sente a falta de você<BR/><BR/>não sei por que você fugiu de mim<BR/>estou desesperado, vê se volta<BR/>juro que vou te fazer feliz<BR/>vem recomeçar aqui comigo<BR/>tudo de novo, tudo de novo<BR/>amor eu juro, amor eu juro<BR/><BR/>quero saber se você vai voltar pra mim<BR/>prometo não fazer você sofrer<BR/>plantar um pouco desse amor no seu jardim<BR/>pra nunca mais você me esquecer<BR/><BR/>toma cuidado<BR/>seu coração vai aprender o que é paixão<BR/>toma juízo cuida mim<BR/>entregue o jogo, melhor assim<BR/><BR/>te amo e não quero te perder<BR/>meu corpo sente a falta de você"[/i]<BR/><BR/>Primeira estrofe, além de andar pelo tão batido tema do amor suplicante sem trazer à tona nenhuma abordagem nova para ele, ainda rima tudo no infinitivo. Até mesmo as figuras de linguagem são todas lugares comuns. Não há como dar qualquer valor artístico a uma letra dessas.<BR/><BR/>Quanto ao som, não se destaca pela harmonia, nem pela originalidade, nem faz qualquer tipo de intertextualidade com a própria letra, nem pela complexidade, nem por nada. Ou seja, é realmente cultura, mas uma cultura feita sob encomenda, para padronizar a imbecilidade no campo artístico.<BR/><BR/>Abraços.Fordelonehttps://www.blogger.com/profile/09699746754183764544noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4711492054401672577.post-41157846636713975712008-12-16T05:02:00.000-08:002008-12-16T05:02:00.000-08:00Discussão instigante... Imagino as reflexões que d...Discussão instigante... Imagino as reflexões que devem ter se embolado no estômago na forma angústia pra depois se expandir na forma texto. Ninguém escapa a esta discussão, cultura é um termo amplo demais, e você tem razão, não pode ser pensada como um conceito que guarda em si uma formatação fechada do que a corresponde na realidade. Penso que cultura só pode ser pensada enquanto processo. Por isso, precisamos viajar nos movimentos de culturação... Aqui entramos direto no mérito de teu texto. Vou ser direto: ao ler, fiquei pensando, tem razão, mas eu não iria por esse caminho, pra mim: nem oito, nem oitenta. Não podemos dizer que forró de plástico não é cultura e que forró de raiz é cultura (é só um exemplo dentre muitos). Isto seria um equívoco dotado de todos os problemas da arrogância acadêmica. Mas pensemos: os processos de significação destas manifestações culturais se fazem de maneira diferente. O forró de raiz, geralmente, tem uma relação forte com o mundo do trabalho, com o fazer-se do homem em seu cotidiano. O chamado forró de plástico, tem uma origem diferente, em essência tem uma relação muito mais íntima com o mercado... aliás, a repetição de temáticas e de fórmulas de sucesso, nos mostram como esse tipo musical aprendeu a se constituir à partir do que agrada, mais que isso, do que vende. Mas as pessoas se identificam e isso justifica o seu sucesso. De fato, poderíamos pensar então que os consumidores fazem o produto (isso marx já anunciava a muito tempo). Mas como o próprio velho também alertou, a produção faz ao mesmo tempo o consumo. Penso, mas como essa produção faz o consumo? explorando justamente o mais frágil do ser humano. A pulsão de desejar: o fetiche. Não é à toa que as músicas deste campo artístico (forró de plástico, pisadinha, arroxa, pagode, pado-funk e outras formas mais novas) têm mostrado um movimento de erotização de suas letras. Antes, esta erotização era mais sutil, o duplo sentido ainda era um recurso utilizado. Hoje, fenômeno ainda inexplicável, as letras caminham para uma genitalização. Parece que nem mesmo no âmbito da cultura nós podemos esperar - o tempo é muito precioso. Vamos logo então ao que interessa, para que papo furado? Bem... o comentário que fiz foi no sentido de problematizar um pouco a discussão sobre cultura: afinal, estes movimentos culturais têm que ser vistos à luz da história, para que a gente possa entender a complexidade que eles guardam. Um dos caminhos interessantes pra pensar isso é lançar o olhar para a relação que cada um dos gêneros estabelece com o mercado. Aculturação, ou seja: superposição de traços culturais por outros existe. Mais do que vemos, mais do que pensamos.Espinho de Quiabentohttps://www.blogger.com/profile/17356320201016453305noreply@blogger.com