sexta-feira, 30 de maio de 2008

Como entender?


Como entender, então, atitudes desesperadas de mães que perdem seus filhos. Estando próximas, sem nada poder fazer. É de fome que eles se vão. É de sede! Sedentos por vida. E tão jovens se vão. É embriagado no tinto liquido quente que deles saem. E eles não queriam viver? Não lhe permitiram viver! Eles não são (ou foram) quem pensam. E o que pensam?! E nem serão!
Como entender atitudes inconseqüentes de quem arranca os filhos de suas mães. Ontem João Helio, hoje, Isabella, amanhã será Maria, Joana, Francisco e todo dia um. Não se entende o motivo. Como aceitar? Com uma criança? E com um adulto?
Como entender atitudes impensadas dos filhos que mesmo próximos de suas mães, estão longe ou tão longe, mesmo perto?
Como entender a rejeição, o desapego, o abandono, o descaso e o desamor da humanidade?
Como entender a miséria, a violência, a fome?
Como entender que em país tão vasto, tão farto, tão belo, tão vivo, consegue conviver com tantas desigualdades, tantas sujeiras, tantas desigualdades, com a morte?
Não há como entender! São perguntas sem respostas, são respostas sem explicação, explicação sem sentido.

Mesmo sem entender, o que se sabe é que mudanças imediatas e radicais é preciso... Não se sabe como, onde, de que forma... Não se sabe!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Sereia


Sereia a ti me levou ao mar
Sereia fez em ti sonhar
O que te faço ao te falar
Digo-te que em ti pensei
No abismo me joguei
Veio-me o fim
Fim de mim, digo sim!
Não preocupo-me porque espero...
Por ti sereia até o fim!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Para além

Eu busco. Busco um dia ensolarado, mas não quente.
Busco um dia inebriante, mas não chato.
Busco pessoas solidárias, mas não viscosas.
Quero prazer, mas não satisfação.
Satisfação dá e passa e então nos deixa na imensidão da solidão.
Temo a solidão, mais do que a morte.
Temo o vazio, muito mais do que a ausência.
Ausência traz saudade, saudade é sentimento.
É querer ter, é a falta, é o buscar.
Eu busco.


PIAF(LORENA)

domingo, 25 de maio de 2008

A morte...


Sinto q a morte é quente!Ou pelo menos ela se dedica em parecer afagadora. É como o sangue que quando se escorre toca a minha pele e sinto o seu calor, mas nisso só me resta me perguntar, seria a morte quente, finalidade do sangue que é esvaído, ou seria esse sangue ultimo reflexo de vida que da carne abandona trazendo consigo o calor e a possibilidade de permanência?
Mas se a morte fosse quente seria porque não há intencionalidade nem finalidade em viver, o caminho o qual o seu único fim seria ela, incontestável!?! Ou seria a sua frieza que toca em ultimo segundo a pele em vida e o seu calor seria sim significado da não morte, ou seja, vida.
Então posso dizer que não sinto a morte e sim a vida e o reflexo dela que tenta me avisar que ela se vai, dando tempo a mim, tempo este que será de vital importância para a manutenção da mesma.
Em segundos após sentir o calor desse sangue, entendo que é vida e não permito que se vá, e procuro mante-la dentro de mim.

sábado, 24 de maio de 2008

Quem sou eu?

Se perguntares quem sou,
Digo-lhe: sou brilhante como o Sol,
Vasta como o mar, leve como o orvalho,
Distante como as estrela, importante como o nécta
E sábia como os ventos;Se me dizes que sou complicada,
Digo-lhe: posso ser mais simples que as equações matemáticas,
As teorias econômicas e os pensamentos filosóficos de Sócrates;
Se pedires para ser mais explicita,
Peço-lhe para me imaginar como o sorriso de uma criança,
Como uma flor desabrochando, como o Sol nascendo;
Se tudo isso for pouco,
Insisto, imagine-se caminhando na praia,
Sentindo a brisa no rosto e a areia nos pés e escuta!
São as ondas do mar;
Mas se mesmo assim não conseguires saber como e quem sou, sugiro:
Pare e ouça, atentamente, o silêncio:
Vago? Inerte? Misterioso? Agradável?
Talvez eu seja assim: simplesmente INEXPLICÁVEL.